AS TRÊS MARIAS

Era uma vez um casal que tinha três filhas gêmeas e as três se chamavam Maria.
Elas eram absolutamente iguais. Porém, cada uma tinha uma marca que as diferenciavam. Na palma da mão de uma tinha uma lua na da outra uma estrela e na da outra um sol. A que tinha uma lua era sonhadora, distraída, vivia nas nuvens. A que tinha uma estrela gostava muito de se mostrar de brilhar e a que tinha um sol era calorosa, acolhedora.

As três eram muito amigas, estavam sempre juntas e eram tão unidas que pareciam ser uma só.
Uma tarde, elas estavam no jardim brincando, se deram as mãos e começaram a rodar, rodar, rodar…até que se transformaram em uma só e era uma linda moça.

Ela começou a caminhar pelo jardim e caminhando chegou até uma ponte que ficava sobre o rio. Desceu a ponte tirou os sapatos e sentou-se na beira do rio. Ela conversava com o rio e jogava dentro dele todos os problemas, suas aflições, seus pedidos de sorte e felicidades. Levantou-se, calçou os sapatos e começou a caminhar… entrou numa floresta cheia de árvores de todos os tamanhos. Até que encontrou a que procurava. Abraçou a árvore, tirou do bolso uma chave bem pequenina e enfiou numa fechadura que ninguém podia ver, abriu-se uma espécie de cofre minúsculo e ela tirou três moedas que estavam guardadas ali cada uma com uma face diferente: um sol, uma estrela e uma lua.

Ela caminhou muito até que encontrou um palácio, entrou e viu que estava vazio. Não havia ninguém. Andou por todos os cômodos. Nada. De repente começou uma ventania ela rodou e rodou tanto que já não era mais ela e sim as três Marias que estavam na sala. A ventania levou tudo: as portas, as janelas, o telhado… somente as três Marias ficaram.

Eu podia inventar um final feliz dizer que três príncipes apareceram, se apaixonaram e se casaram com elas e foram felizes para sempre…. Mas vou deixar que vocês inventem cada um ao seu gosto….

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