ESPERANÇA

Produzido em oficina de ficção coordenada por Irene Moutinho
Tarefa: através de uma história passada em um shopping, descrever uma situação de esperança sem falar de forma explicita o sentimento.

Por Virginia Sampaio

Rita, andando apressada, entra no Shopping das Bonecas. Este shopping tem uma arquitetura no formato de castelo e as colunas são bonecas gigantescas, num total de 16.
A cor dos olhos das bonecas colunas era de um azul muito intenso que brilha como um holofote.

Rita olha para uma loja com belas roupas e fica ansiosa, e não consegue segurar seu ímpeto de compras.

Um rapaz cruza por ela e segue, mas no meio do caminho volta para a direção de Rita e para na sua frente.

Rita fica constrangida e sem saber o que fazer se paralisa.

– Eu sou Gustavo e quando cruzei seu caminho senti um arrepio inexplicável, portanto voltei para me deparar cara a cara e confirmar a mim mesmo que era real o arrepio, e não puro sentir.

– Você é um homem um tanto esquisito.

– Eu!?

– Sim.

– Esquisito é este shopping boneca que parece um carrossel de tentações.

– Mas eu não fiz nada! Por favor me diga seu nome.

– Rita.

– Ritaaa! Oxalá … Agora faz sentido o arrepio.

– Como assim?

– Veja bem; quando passei por você o que senti foi um arrepio que me puxava como um ímã e quando você me disse seu nome tive a certeza de que você morreu um dia em meus braços, e que um dia, num futuro sem fim, eu teria você de volta.

E assim, sem nenhuma palavra, os dois se deram as mãos e lentamente entraram num túnel.

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