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FALANDO DE SENTIMENTOS – PROIBIÇÃO
PROIBIÇÃO
Por Beatriz Breves
O sentimento de proibição, assim como a moeda, possui duas faces: a da escravidão e da liberdade.
Se visto pela face da escravidão, impede a pessoa de realizar e, porque não dizer, de se realizar. Para tal, muitas vezes, se alia aos sentimentos de crueldade, culpa, timidez, entre diversos outros e, se valendo da sordidez, leva a pessoa a se sentir “ridícula”, “inadequada”, “incapaz”, “impotente”, etc.; e, assim, a paralisa em suas ações.
Entretanto, se olhado pela face da liberdade, viabiliza a realização pessoal, pois para se realizar é necessário, antes de tudo, o reconhecimento dos próprios limites, caso contrário a pessoa pode se perder em si mesma. Nesse caso, o sentimento de proibição pode estar aliado aos de generosidade, paciência, amor, entre diversos outros que facilitam a aceitação pessoal.
Assim, a proibição, no campo dos sentimentos, tanto pode estar a serviço da escravidão quanto da liberdade, fazendo-se uma sutileza subjetiva determinar a face para qual estará virada, ou seja, de como a pessoa irá sentir seus limites e limitações.