EU TENHO TEMPO PARA PERDER, E VOCÊ?

O ser humano, nos seus conflitos impostos pela civilização, se perde assustado com tudo o que ele transformou no planeta, desde seus ancestrais nas cavernas. Vive no labirinto de sua angústia existencial e assustado, quem sabe, agarra-se ao imediatismo como forma de existir e não se perder!

Mas se perde cada vez mais!

Se perde talvez porque se esquece de si não cativando mais a si e/ou ao outro.

É a globalização, a racionalidade, a incerteza, a onipotência, a impotência, o real virtual, o virtual real, a engenharia genética, os clones, a fome, a miséria, o preconceito, as guerras, etc., o progresso e o retrocesso. Um bombardeio de informações e experiências que se prolifera sobrecarregando, impossível de assimilar!

Que tal tentarmos seguir as sábias palavras da raposa, no livro do Pequeno Príncipe:

“- A gente só conhece bem as coisas que cativou (…) (e para cativar é) preciso ser paciente (…) tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto (…) foi o tempo que perdeste com tua Rosa que fez tua rosa tão importante (disse a raposa).” (1)

Então, você teria um pouquinho de tempo para perder com você e com os que estão ao seu lado?

Referência Bibliográfica:
(1) SAINT-EXUPERY, A. de. O Pequeno Príncipe: 70, 71, 74. RJ: Agir. 1982.

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