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A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA
Por desatenção ao que estamos sentindo, muitas vezes nos tornamos violentos e nem percebemos que uma atitude, aparentemente inocente, pode estar contendo um considerável grau de violência.
Há nove anos, no ano de 2005, no livro No Risco da Violência:
“Alguns de nossos são atos são, aparentemente, tão insignificantes, que fica até difícil se perceber o grau de violência que eles contêm. Quem pode ver como um ato violento lavar uma calçada com água? Ou de deixar para consertar depois a torneira gotejando faz dias? Banhos muito demorados? Esses são atos tão frequentes, mas que se fazem, em si mesmos, de extrema violência.
A humanidade deverá enfrentar, no século XXI, um problema grave e de difícil solução – a falta d´água -, cujas consequências principais seriam a redução da oferta de alimentos e a proliferação de doenças infectocontagiosas (http?//pfilosofia.pop.com./04_miscelanea/04_03_ barsa/barsa?12htm) (…)
O assunto é tão serio que a ONU redigiu, em 22 de março de 1992, a “Declaração Universal dos Direitos da Água”, da qual destacamos os itens primeiro, sétimo e oitavo:
1. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
7. Água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A utilização da água implica respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Essa questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
A questão da água é o melhor exemplo que pudemos encontrar para exemplificar o quão nociva e violenta pode ser uma ação “inocente” do dia-a-dia.” (1)
(1) Bisker, Jayme e Breves, Beatriz. No Risco da Violência. pg. 14 e 15. RJ: Mauad X. 2005.