SER LIVRE

“Caminhando contra o vento/ Sem lenço e sem documento/ No sol de quase dezembro/ Eu vou (…) Sem lenço, sem documento/ Nada no bolso ou nas mãos/ Eu quero seguir vivendo, amor/ Eu vou”(1)

Alegria, Alegria.

Sem dúvida esta música faz vibrar na gente o sentimento de liberdade. Até pela proposta e época que foi escrita.

Mas o que é ser livre?

Muitos pensam que ser livre é poder fazer tudo o que quer, ou seja, poder levar a vida sem limites. São pessoas que tentam romper por romper sem avaliar as consequências como, por exemplo, aquele dirige acima do limite de velocidade, transa sem camisinha, bebe excessivamente, namora com vário(a)s ao mesmo tempo, etc. e, tudo isto, muitas vezes, em nome da liberdade. Este senso de liberdade é um grande equívoco, pois destituir-se de limites é se colocar frente a um abismo.

A pessoa possui internamente uma área psíquica que só se faz um território – uma identidade sólida – se é demarcada. São os limites que abalizam o sentimento de Eu, o pensamento, a consciência de si e do outro. A retirada dos limites de uma pessoa faz com que ela perca a posse de si mesma.

O importante é a pessoa se sentir confortável dentro de sua fronteira, pois a liberdade de uma pessoa não está na extinção de seus limites, mas na possibilidade de se sentir confortável e espaçosa dentro de seu próprio território interno.

Referencia Bibliográfica:
(1) Caetano Veloso, Alegria Alegria.

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